sábado, 31 de maio de 2014

A Tanásia

A Tanásia

 

Dê-me um cheeseburger, por favor.
Dê-me um cigarro, eu pago.
Dê-me um estrago estomacal,
Uma úlcera mortal,
Um câncer, que tal?
Nada de mau, concordam?”


A proteína está frita
A gordura está cardíaca
A fumaça cancerígena
Suicídas-capitalistas, hipócritas suicidas.
Moralistas, suicidas até a última gota
De Coca ou Pepsi (Sua preferência)...
O suicídio é meu: de qualquer forma,
Em qualquer caso.
O corpo?
É meu!
Me mato! Me aborto! Me desfaço!
A morte-capital é legal, é moral, é status!
Mas e a morte bem vinda?
A morte-fim da dor infinda?
Eu estou na terra de Tanásia
Observo os habitantes, mortos para todos os efeitos
Em cântico sem ânimo:
Suicídio, suicídio meu!
Quem manda na minha vida -e morte- mais que eu?”


Gabriel M. J. Lopes 31/05/2014

Our Sons and Daughters


Our sons and daughters


The North, always the North of the World!
Madness breeds...(Or is it breeded?)
The Cold days?
In the past?
Nay!
They are back,
Vulcanic as ever!
The seeds of chaos in nuclear terrains!
Fertile to the thoughs of victory and gain...
(Pain´ll be born, again)
The World adjusts...
Death looms in the ocean of the Faded...
But Earth cries, forgotten by the deaf-leaders...
There is no peace, no love!
Feelings are lost in the course of the war!
The children will be chained,
This crux? will be theirs...
Cry, children of madness!
Cry for the price paid for the stupidity of your parents!
Nevermore will your tears fade.

Gabriel M. J. Lopes

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Um velho sentimento


Um velho sentimento


As faces desmoronam, destruídas...
O cheiro de morte invadindo as narinas
O gosto pela vida: esvaziado, perdido
As vísceras em nó, impedido a fala
Boqueando o ar ...
Somente soluços ecoam
Ecoam pela casa abandonada
Pelo pátio lotado...
No enterro não existe dor
O único sentimento é a morte...


Gabriel M. J. Lopes

Anas e Mias

Anas e Mias

Os corpos, na beleza mais fina
Na magreza mais cina, menos beleza
Os olhos orgulhosos
Vagueiam por entre outros corpos
E riem da suposta “fraqueza”
As bonecas de porcelana e silicone
Riem do mundo
Comem
Regurgitam
Fastiam
Anas e Mias?
É a moda
É da Moda
É a mídia

Gabriel M. J. Lopes


domingo, 5 de janeiro de 2014

A corrupção do Hino

A corrupção do Hino



Eu vi no Ipiranga as faces plácidas
De um povo fraco, pobre e relutante
E o sol da liberdade, raios bem vindos
Não brilharam nesta pátria um instante!

O penhor dessa desgraça
Carrega
o povo com seu braço ósseo
De teu seio, Desigualdade!
Sai veneno que nos levará à morteÓ pátria fraca!
Derrotada
Salvem-se! Salvem-se!

Brasil, um sonho inatingível, um raio maldito
De dor e desgraça à terra fértil
Em teu cinza céu, raso e ríspido
A imagem da inflação é real-mente um perigo

Anão pela própria incompetência
É belo, mas se esconde com desgosto
E foges com afinco dos espelhos!

Terra rachada
Entre outras mil
Foi derrotada
A pátria fraca
Dos servos deste solo és ditadora vil
Pátria fraca!
Brasil!


Deitado eternamente em berço horrendo
Á beira mar, no sangue tão humano
Não fujas, Brasil, borrão da América!
Iluminado pelos holofotes deste mundo!

Nossa terra foi varrida
Os campos, que campos? Que flores?
“Nossos bosques tem mais vida”
No passado indianista

Ó pátria fraca
Arrasada!
Salvem-se! Salvem-se!
Brasil de desonra eterna seja símbolo
O lábaro que ostentas desgastado
E diga o verde-louro de nova flâmula
“Mudanças no futuro e vergonhas no passado”


Mas se ergues da tirania somente dor e má sorte
Verás que os servos teus não vão há luta
Só temiam, em teu auge, a morte!

Terra arrasada!
Entre outras mil
Foi tu, Brasil
A mundial piada
Dos servos deste solo és ditadora vil!
Mal amada!
Esta és tu, Brasil!

Gabriel M. J. Lopes

sábado, 4 de janeiro de 2014

Teleinferno


Teleinferno


O mundo da rede sem rede
E eu com o celular, insistindo irritado
O grande facilitador do contato:
Meu inimigo, meu fardo
Sempre lento
Sempre caro
Sempre ultrapassado
O telefone chamado está sendo encaminhado para caixa dos infernos
1...
2...
5...
10...
E o rosto já está mal encarado
E o sorriso já se torna falso
E o mundo já parece mais incendiável
E o chão já se apresenta: Alvo fácil
Ai, Era da comunicação...
Achei que já havia chegado...

Gabriel Medeiros Justino Lopes


Modernidade Insana - O começo da poesia

Modernidade Insana!


Uma música toca 
E as pessoas passam nas ruas
Sem perceber que tocam a sinfonia...
Sem notar que são a sinfonia...
Elas só correm ( correm a corrida na medida do homem, não do passo)
Elas só morrem, só sofrem em silêncio
E o time is money
E a vida corre,desesperada ,para caber em uma vida
E os planos partem, renascem e se refazem 
Mundo por quê corres com motor de combustão interna?
Corre para onde? De que corre?
E o ano se torna década!
A mãe vira avó!
O vivo vira morto!
Surge mais um ano novo...
Nesses tempos eternamente modernos...

Gabriel Medeiros Justino Lopes.